Baterias de alta tensão posicionadas sob o assoalho geram receio entre novos usuários de carros elétricos. Como se portariam os carros elétricos e híbridos nas ruas alagadas de nossas cidades? Quase como um carro convencional. Como eletricidade e água não combinam, todo o sistema híbrido, que inclui controladores, cabos, bateria e motor elétrico, é isolado para evitar a intrusão de água.
Mesmo assim, a Toyota recomenda para o híbrido Prius (foto) os mesmos cuidados de qualquer outro veículo, que incluem não dirigir por áreas alagadas. Nesse caso, seu motor a combustão corre o mesmo risco de ingestão de água (e consequentemente calço hidráulico) do que um modelo convencional.
Já nos elétricos, o isolamento é tão eficiente que muitas fábricas fazem questão de mostrar testes de transposição de alagamentos com seus modelos. Neles, um sistema de proteção corta a energia da bateria se for detectado qualquer risco de curto-circuito.
Um problema que os elétricos podem enfrentar em alagamentos é por conta da sua flutuabilidade. Todas as baterias de íon-lítio são hermeticamente fechadas, o que pode ser ruim em trechos mais profundos. Essa característica pode transformar o acumulador em uma boia, fazendo com que o carro flutue mais facilmente. Nessa situação, o contato dos pneus com o solo pode diminuir ou mesmo desaparecer, atrapalhando a transposição de um trecho alagado.
Por outro lado, esse detalhe e o fato de um elétrico ter menos componentes facilita a transformação do veículo em um carro anfíbio. Na Europa, inclusive, já foram feitos protótipos movidos a eletricidade capazes de circular em meio a uma grande quantidade de água.
Fonte: Quatro Rodas